Polícia Federal e Polícia Militar do Estado de São Paulo cumprem cinco mandados na segunda fase da Operação Malta
PF e PM/SP miram grupo especializado em roubo de cargas
Data
27/Jul
Campinas/SP. A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (49º BPM-I, em Jundiaí), deflagrou na manhã desta quarta-feira, 26/7, a Operação Malta II, para o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária (30 dias, prorrogáveis), contra envolvidos em roubo de cargas e caminhões nas regiões de Campinas, Vinhedo/SP e Atibaia/SP.
Nessa segunda fase, a PF busca a prisão de três indivíduos apontados pelas vítimas dos roubos como os responsáveis pela abordagem e, em alguns casos, pela manutenção delas em cárcere privado com emprego de ameaça e violência, além da procura de eventuais novas provas relacionadas aos crimes praticados pela associação criminosa.
Os mandados, expedidos pela Terceira Vara Criminal da Comarca de Atibaia (SP), estão sendo cumpridos na cidade de Campo Limpo Paulista. Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Operação Malta e seus desdobramentos
Em 14/3/2023, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo deflagraram a Operação Malta, com o objetivo de prender pessoas envolvidas com crimes violentos de roubo de caminhões e cargas nas rodovias da região de Campinas e Cajamar.
No total, 50 policiais federais e 35 policiais rodoviários deram cumprimento a 21 mandados judiciais, expedidos pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Cajamar (SP), sendo 13 mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Jundiaí e Jarinu, interior do estado de São Paulo.
A investigação iniciou-se em 25/1/2023 na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e revelou que a associação criminosa era altamente especializada e ativa, tendo praticado sete roubos em um período de apenas 20 dias nas rodovias da região. Utilizando de ameaça e violência, com emprego de armas de fogo, os criminosos mantinham os motoristas – e quem estivesse com eles, inclusive famílias – em privação de liberdade, obrigando-os à realização de transferências bancárias enquanto faziam o transbordo da carga e destinação dos veículos.
Sem preferência específica por carga e com uso de equipamentos eletrônicos, a associação criminosa rondava as rodovias por horas em busca de um alvo ou oportunidade, havendo indícios que tenham praticado até quatro roubos em um só dia. Com 11 investigados presos no dia da operação, após as análises de conteúdo de material apreendido, a Polícia Federal identificou duas outras pessoas como integrantes da organização criminosa, sendo ambas localizadas e presas em São Paulo, nos dias 27/3/2023 e 4/4/2023, pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
No dia 13/4/2023, em Jundiaí, o líder da associação criminosa foi preso pela Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo e apresentado à Polícia Federal em Campinas. Todos os presos nessas datas anteriores já foram denunciados Ministério Público do Estado de São Paulo e respondem ao processo presos. A Operação Malta – cujo nome significa bando de infratores – é resultado do investimento da Polícia Federal em especialização de um grupo que trabalha em conjunto com outras forças da Segurança Pública visando a desarticulação desse tipo de crime nas rodovias brasileiras.
Com início dos trabalhos investigativos em dezembro de 2021, o grupo foi responsável – sem contar as prisões de hoje – por 134 prisões, pela recuperação de veículos roubados no valor aproximado de R$ 7,5 milhões e pela desarticulação de várias organizações criminosas por meio das Operações Rapina (2022), Insídia, Malta, Caterva e Malta II (2023).