Mora no Centro? Cuidado! Veja os 10 bairros com mais roubo de celular em SP
Data
26/Out
República, Consolação e Bela Vista puxam o ranking dos locais da cidade de São Paulo com mais roubos ou furtos de celular, segundo os boletins de ocorrência do 1º semestre de 2023.
Um em cada dez celulares roubados ou furtados é registrado nesses bairros da região central de São Paulo, que registram grande fluxo de pessoas.
A análise foi feita a pedido de Tilt pela consultoria B4Risk com base nos dados públicos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Furto e roubo são conhecidos por serem crimes de oportunidade, que ocorrem quando um criminoso identifica chances de executarem a ação, seja com pedestres e motoristas, e o mais comum é que isso ocorra justamente em locais com grande circulação de pessoas.
Top 10 bairros com mais furto ou roubo na cidade de São Paulo*
República - 4,6% do total (4.858) - mesma posição e mesma porcentagem
Consolação - 3,83% (4.044) - mesma posição, mas com 3,25%
Bela Vista - 3,25% (3.427) - mesma posição, mas com 2,99%
Pinheiros - 2,85% (3.006) - estava em 5º com 2,37%
Sé - 2,65% (2.799) - estava em 4º com 2,48%
Brás - 2,49% (2.624) - mesma posição, mas com 2,14%
Bom Retiro - 2,30% (2.427) - mesma posição, mas com 1,93%
Vila Mariana - 2,15% (2.266) - estava em 10º com 1,73%
Itaim Bibi - 2,13% (2.247) - estava em 14º com 1,53%
Santo Amaro - 1,96% (2.072) - estava em 16º com 1,31%
*1º semestre de 2022 x 1º semestre de 2023
Evolução dos dados
Santo Amaro teve o maior crescimento. Em 2022, foram 1.429 contra 2.072 ocorrências do mesmo período deste ano — quase 45% de crescimento de ocorrências.
Continua após a publicidade
Após Santo Amaro, os bairros com maior aumento de furtos e roubos na cidade foram: Itaim (34%), Vila Mariana (18%) e Pinheiros (16%).
De modo geral, o furto e o roubo de aparelhos tiveram uma leve queda durante o período:
1º semestre de 2022 - 108.914 aparelhos
1º semestre de 2023 - 105.524 aparelhos
Qual horário?
No que diz respeito a horário, há um certo padrão na cidade de São Paulo. A maioria dos b.os (boletins de ocorrência) aponta a noite como a principal período em que se há roubo, seguindo da tarde e da manhã:
De noite - 36,54%
De tarde - 25,06%
Pela manhã - 23,92%
De madrugada - 14,11%
Para Guaracy Mingardi, que é membro do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), a questão do horário é complexa, pois depende muito da região e tipo de crime.
"A maioria dos furtos costuma ocorrer da manhã ao cair da noite. Na região do Centro de São Paulo, por exemplo, é comum que haja subtração de telefones de pedestres nestes horários. Fazem isso à luz do dia e se aproveitam da movimentação para se esconder", explicou.
Já os roubos, segundo Guaracy, tendem a ocorrer entre a noite e a madrugada, quando há menos gente na rua e costuma haver algum tipo de ameaça à vítima.
Por que o celular é tão atrativo?
De acordo com Guaracy, as pessoas não costumam andar com tanto dinheiro. Mas boa parte da população tem celular. E com um desses em mãos, os criminosos conseguem faturar rápido vendendo para receptadores.
No mínimo, paga-se entre R$ 200 e R$ 300 por celular roubado. Posteriormente, o aparelho pode ser hackeado, desmontado para ter as peças usadas em consertos ou simplesmente zerado e enviado para outro país
Guaracy Mingardi, membro do FBSP
O grande problema, argumenta, é combater a receptação, feita por quadrilhas profissionais. Para isso, precisaria investir em investigação feita pela polícia civil.
Em locais com muito registro de ocorrências, como o centro de São Paulo, as operações até existem, diz ele. Precisaria, porém, de maior investimento em efetivo e inteligência.
Dicas para se proteger
Se precisar fazer uma chamada ou responder uma mensagem, entre em algum estabelecimento comercial ou público; ou aguarde até chegar em casa;
Se estiver aguardando carro de aplicativo, espere o veículo chegar para sair do local onde está;
Desconfie de movimentações estranhas à sua volta, como pessoas de máscara (ainda mais agora que o uso foi flexibilizado em vários lugares) ou indo de um lado para o outro de bicicleta ou motocicleta.
O celular foi roubado? Veja o que fazer 1) B.O. e bloqueios bancários
É importante fazer o boletim de ocorrência (que pode ser feito online na delegacia eletrônica), informando modelo e marca do celular, o local onde ocorreu o delito e o IMEI (identificação única do telefone) — se você não sabe o que é o IMEI, veja aqui como encontrá-lo.
Na sequência, acione o banco e peça o bloqueio temporário de contas e cartões para impedir transferências, compras, contratação de financiamento, pedidos de empréstimo e saques indesejados.
2) Mude senhas
É essencial trocar as senhas de redes sociais e e-mail, pois é comum que criminosos tentem aplicar golpes de engenharia social. Ou seja, eles se passam por você para pedir dinheiro a seus contatos ou até para oferecendo produtos.
3) Busca e bloqueio do celular
iPhone:
Continua após a publicidade
Para encontrar seu dispositivo, entre em icloud.com/find em um navegador e marque o dispositivo como perdido. Ele será bloqueado remotamente com um código de acesso, mantendo suas informações seguras. O desbloqueio só é feito mediante a digitação de uma senha.
É possível também fazer esta operação por meio de um iPhone ou qualquer aparelho móvel com sistema da Apple.
Android:
É necessário ter o aplicativo Encontre meu Dispositivo instalado (alguns telefones já vêm com ele, caso o seu não tenha, baixe aqui. Basta acessar de um navegador a página a seguir: https://www.google.com/android/find/ e se logar.
Marque a opção Proteger Dispositivo. É possível ainda escrever uma mensagem personalizada para quando o telefone estiver bloqueado, com telefone de contato para devolução.
Dá ainda também para apagar as informações remotamente na opção "Limpar dispositivo".