Ao todo, 37 veículos roubados foram recuperados. Criminosos usam ônibus como barricadas e incendeiam objetos para dificultar a passagem dos agentes.
Agentes da Polícia Civil realizaram uma operação, na manhã desta quinta-feira (2), na Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio contra quadrilha de roubo de cargas e veículos.
Policiais Civis das Delegacias de Roubos e Furtos de Cargas e da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFC e DRFA), com apoio de diversas Delegacias Especializadas e da CORE, prenderam 16 suspeitos e recuperaram 37 veículos roubados.
Por volta das 7h30, criminosos usaram ônibus como barricadas e ateavam fogo em objetos para dificultar a passagem dos agentes. Um "jacaré", que é um dispositivo com espetos de ferro para furar o pneu dos carros, foi removido pelo blindado da polícia às 8h15.
Durante a operação da Polícia Civil, a PM reforçou o policiamento nos entornos das comunidades da Vila Aliança e Senador Camará.
Um grupo de criminosos entrou em confrontos com os policiais do 14º BPM (Bangu) e um suspeito foi ferido. Ele foi socorrido no Hospital Municipal Albert Schweitzer e não há informações sobre seu estado de saúde. Com ele, foram apreendidos um fuzil e um rádio comunicador.
Barricada na Vila Aliança, em Bangu, na manhã desta quinta-feira (2) — Foto: Reprodução
Pelo clima tenso na região, oito unidades de saúde acionaram o protocolo de segurança e não tiveram expediente nessa quinta (2). São elas:
- Centro Municipal de Saúde (CMS) Dr. Eithel Pinheiro de Oliveira Lima;
- CMS Alexander Fleming;
- (CMS) Silvio Barbosa;
- Clínica da Família Sandra Regina;
- Clínica da Família Maria José;
- Clínica da Família Kelly Cristina De Sá Lacerda Silva;
- Clínica da Família Mário Dias Alencar;
- CAPS Neusa Santos Souza.
Apenas o Centro Municipal de Saúde Waldyr Franco manteve o atendimento à população.
Investigações
Polícia Civil remove barricadas na Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Segundo as investigações, a Vila Aliança se tornou uma das bases operacionais de uma das maiores facções criminosas que atuam no estado.
"As investigações apontam que veículos roubados são levados para o interior dessas comunidades, clonados, são cortados e também trocados por drogas. Cargas roubadas também depois do transbordo são fornecidas para comerciantes locais e outros receptadores", afirma o diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Felipe Curi.
A comunidade é a responsável pelo fornecimento de armas (fuzis, pistolas e granadas) para a prática de roubos de veículos e de cargas, que são cometidos em diversas regiões do Rio de Janeiro, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Bairros das Zonas Sul, Norte, Oeste, e também na Região Metropolitana – Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense.
Fonte: G1 Rio de Janeiro
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