Mercedes Benz estava entre os itens apreendidos na operação – Foto: Polícia Civil
Operação em Itapema prende quadrilha que deu golpe de R$7 milhões com roubo de cargas
Data
11/Jun
A Polícia Civil de Santa Catarina desmantelou nesta terça-feira (6) uma sofisticada operação de estelionato envolvendo a clonagem do site de uma grande rede de supermercados. O grupo é suspeito de ter causado prejuízos de até R$7 milhões por meio do roubo de cargas de salmão e queijo.
A operação, liderada pelo delegado Osnei Valdir de Oliveira, apontou 11 suspeitos que implementaram uma estratégia criativa para cometer os crimes. Os criminosos criaram um site falso semelhante ao da rede de supermercados Bistek, e enganaram empresas fornecedoras com a promessa de “pagamentos futuros” que nunca foram cumpridos.
Nesta terça-feira, a equipe cumpriu ordens de busca e apreensão e sequestros de bens nas cidades de Itapema, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz. Foram apreendidos veículos, entre eles um Mercedes Benz, jet ski e foi sequestrado o dinheiro nas contas correntes e de poupança dos acusados.
“O Bistek é www.bistek.com.br e eles criaram um www.bistek.com“, explicou o delegado Osnei. “Compraram grandes quantidades de queijo e pescado de grandes empresas, enchendo carretas inteiras com os produtos. As cargas eram armazenadas em uma empresa em São José, que também foi enganada, pois acreditava estar negociando com a rede Bistek.”
Depois de receber as cargas, a quadrilha emitia notas fiscais falsas e revendia os produtos para empresas no Rio Grande do Sul. “Parte das cargas foi apreendida no Rio Grande. Encontramos outros dois contêineres com pescado em Itajaí”, acrescentou o delegado.
Os criminosos mantinham a mesma tática: clonavam o site, criavam um similar e realizavam compras em nome de empresas de boa reputação. As empresas vendiam os produtos com prazo de pagamento estendido, sem saber que estavam caindo em um golpe bem orquestrado.
Motoristas da quadrilha
Dentro do grupo de 11 indiciados, há dois motoristas. Um deles transportou algumas cargas até Itajaí, enquanto o outro entregava os produtos conforme eram vendidos pela quadrilha. A polícia também identificou o responsável pela manutenção do site e outro homem que fazia as compras com as grandes empresas.
Os 11 indiciados enfrentam acusações de estelionato, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados por todos esses crimes, cada um pode pegar de 10 a 38 anos de prisão.