Na segunda fase da Operação Malta, deflagrada pela Delegacia de Campinas, foram expedidos dois mandados de busca e apreensão, além de três de prisão temporária. Primeira foi realizada em março e ao menos 13 foram presos desde então.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) a segunda fase da Operação Malta para o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, além de três de prisão temporária contra suspeitos de roubo de cargas e caminhões. Os crimes ocorreram nas regiões de Campinas (SP), Vinhedo (SP) e Atibaia (SP).
Dos três procurados, apenas um foi preso até o momento. De acordo com a PF, na casa dele foram encontrados e apreendidos mais de R$ 21,7 mil. No momento da prisão, o suspeito teria tentado destruir o próprio celular. Ele tem passagem na Justiça por roubo, receptação e uso de documentos falsos.
A ação dá continuidade aos trabalhos da primeira fase, realizada em março desse ano. Naquela época, pelo menos dez mandados de prisão haviam sido cumpridos. Agora a polícia busca a prisão de pessoas apontadas pelas vítimas como responsáveis pela abordagem e, em alguns casos, por mantê-las em cárcere privado com emprego de ameaça e violência.
Os agentes também esperam encontrar novas provas relacionadas aos crimes praticados pela associação criminosa. Os mandados foram expedidos pela Terceira Vara Criminal de Atibaia e estão sendo cumpridos na cidade de Campo Limpo Paulista, com apoio da Polícia Militar de Jundiaí. Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo.
Operação Malta
Em 14 de março de 2023, as polícias Federal e Rodoviária do Estado de São Paulo deflagraram a Operação Malta, com o objetivo de prender pessoas envolvidas com crimes violentos de roubo de caminhões e cargas na região de Campinas e Cajamar.
No total, 50 policiais federais e 35 policiais rodoviários deram cumprimento a 21 mandados judiciais, expedidos pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Cajamar (SP), sendo 13 de prisão temporária e oito de busca e apreensão nas cidades de Jundiaí e Jarinu.
As investigações começaram em janeiro e são conduzidas pela Delegacia da PF em Campinas, que descobriu uma associação criminosa altamente especializada e ativa. O grupo teria praticado sete roubos em apenas 20 dias.
Os trabalhados apontaram que o grupo atua de forma violenta, com uso de armas, mantendo os motoristas e quem estivesse com eles em privação de liberdade. Durante os sequestros, as vítimas eram obrigadas a realizar transferências bancárias.
Sem preferência específica por carga e com uso de equipamentos eletrônicos, a quadrilha rondava as rodovias por horas em busca de um alvo ou oportunidade. A polícia destaca que há indícios de que tenham praticado até quatro roubos em um só dia.
Com 11 investigados presos no dia da operação, após as análises de conteúdo de material apreendido, a polícia identificou duas outras pessoas como integrantes da organização. Elas foram presas em São Paulo nos dias 27 de março e 4 de abril.
Já no dia 13 de abril, o líder da associação criminosa foi preso em Jundiaí pela Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo e apresentado à Polícia Federal em Campinas. Todos os presos nestas datas anteriores já foram denunciados ao Ministério Público.
Fonte G1 Campinas
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